O percurso da terapia
Tanto para pessoas que já fizeram antes quanto para aqueles que nunca tiveram a experiência, o processo terapêutico é sempre único, já que depende do terapeuta, do cliente, e do momento em que acontece.
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Que bom que você tomou a decisão de investir na sua saúde mental!
Você pode ter ainda algumas ressalvas ou dúvidas sobre como o processo funciona na prática, o que é normal. Aqui vão algumas perguntas que as pessoas fazem sobre o assunto:
Como saber qual abordagem escolher?
Dentro da psicologia existem muitas abordagens, e você provavelmente já ouviu falar de alguma delas: comportamental, psicanálise, TCC, humanista, entre outras. As diferenças entre elas estão principalmente na forma de entender as pessoas, o que as torna como são e como agir para ajudá-las. A ‘’cara’’ da terapia também muda conforme a personalidade de cada terapeuta. A abordagem que pratico é a Análise do Comportamento, que foca no processo de desenvolvimento da nossa forma de agir e de ser ao longo do tempo, nos fatores que influenciam esses comportamentos, e nos efeitos de eventos sobre a facilidade ou dificuldade de conseguir mudar alguns desses comportamentos. Isso significa que vamos falar sobre várias partes da sua trajetória, passado e presente, e que o nosso foco será a sua vida hoje e daqui pra frente. Vamos esmiuçar interações com pessoas, situações importantes, vontades, sonhos, etc. A minha forma pessoal de trabalhar é bem diferente do estereótipo de psicólogo: alguém distante e sério que está lá pra solucionar um problema. Minha experiência na minha própria terapia, como estudioso do assunto e como terapeuta me leva a entender que as mudanças mais importantes acontecem dentro de relações terapêuticas que são genuínas, sinceras e próximas!
Mas como ficar conversando sobre os meus problemas vai ajudar?
A terapia envolve muita conversa, mas não se resume apenas a isso. Uma boa definição é um serviço de aconselhamento e acompanhamento comportamental: o papel do terapeuta não é o de te dizer o que fazer, mas te ajudar a entender a questão em pauta e identificar quais próximos passos fazem sentido para você (já que essa é a única pessoa que vive a sua vida). A depender de qual mudança você quer enxergar, teremos oportunidades durante as sessões para falar sobre, e principalmente praticar e desenvolver comportamentos que fazem parte dela. Um bom exemplo é pensar em ansiedade: para pessoas que sofrem com ela em situações na vida cotidiana, a terapia vai envolver se expor a situações em que a ansiedade vai dar as caras. É nesse momento que vamos falar sobre ela, e então aproveitar a oportunidade para mudar a forma com que essa ansiedade está presente, enquanto ela está presente. A mesma dinâmica pode ser aplicada a outros motivos para buscar a terapia: mesmo que de uma forma diferente, vamos ter a chance de passar pela mesma situação juntos.
É difícil me abrir com alguém que eu não conheço, e se eu não conseguir?
Por mais que seja comum sentir que você vai precisar expor muitos dos seus detalhes mais íntimos na terapia, isso não é necessariamente verdade. Primeiramente, eles podem não estar relacionados com os seus motivos por buscar o serviço. Além disso, esses assuntos podem ser discutidos conforme a terapia vai avançando, no ritmo que você estiver disposto a seguir. Por mais que chegar até onde você deseja seja importante, não iremos fazer isso às custas de desrespeitar nenhum limite! Quando eles forem importantes, falar sobre será natural. Vale lembrar que toda relação terapêutica está protegida pelo sigilo terapeuta-cliente, o que significa que estou legalmente impedido de abordar esse assunto sem sua autorização e um bom motivo. Algumas pessoas têm preferências na hora de escolher um terapeuta: gênero, faixa etária, etnia ou cor, etc. É importante levar em consideração que esses fatores podem ser tanto uma forma de assegurar o próprio conforto durante a terapia quanto uma oportunidade para explorar uma forma nova de se comunicar.
Em quanto tempo eu posso esperar resultados?
A psicoterapia não é uma receita de bolo, infelizmente. Cada caso é um caso, e ela vai progredindo juntamente com o andar da sua vida, que, como a de todo mundo, é imprevisível até certo ponto. Isso não significa que a terapia SERÁ lenta, nem que SERÁ rápida, mas que ter uma previsão depende da avaliação dos muitos fatores envolvidos. O que geralmente ocorre é o seguinte: após a avaliação, a prioridade tende a ser aquilo que mais está causando incômodo ou sofrimento (como ansiedade, tristeza excessiva, raiva, falta de motivação, etc). Uma vez que o caminho tenha sido clareado, os próximos passos ficam definidos em direções ‘’maiores’’ como mudança de carreira, estabelecimento de uma nova rotina, se comunicar de forma diferente, entre outros exemplos.
o que você pode esperar:
As sessões duram entre 50 minutos e 1 hora, e ocorrem idealmente de forma semanal, podendo ser realizadas quinzenalmente (em casos específicos, como quando o cliente está próximo da alta).
O processo tem três estágios principais, ilustrados na imagem:
Durante a avaliação, vamos investigar detalhes a respeito de como a situação que você enfrenta foi criada: desde situações similares, sua evolução ao longo do tempo, como é que você gostaria de lidar com ela, etc. É importante, então, que fique claro qual é o SEU objetivo, que pode ter mudado ao final da avaliação, e escolher uma prioridade dentre o que concordamos ser necessário para chegar
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Na intervenção, vamos ficar atentos ao que escolhemos no momento anterior, e durante as sessões focar em praticar formas alternativas de experienciar e se comportar. Orientações e sugestões podem fazer parte desse momento, para ajudar nos momentos fora da sessão em que a situação ocorrer.
A análise é o ‘’pit-stop’’ da terapia: vamos recapitular o caminho até então, decidir se o resultado é o que você queria/esperava ou se ficaram detalhes pelo caminho. Então, é hora de encerrar o processo, e, por mais que possa ser triste dizer tchau, é onde queremos chegar: você seguindo em frente, usando o que aprendeu na terapia. Mas, se surgir outro objetivo, ou as prioridades mudarem, voltamos a avaliar e tomar os definir passos.









